O estudo objetivo dos fenômenos psicológicos leva-nos a afirmar que o homem possui uma alma, que é uma substância simples e espiritual. Os próprios filósofos já determinaram em séculos passados: “É impossível negar a existência da alma sem tornar, no mesmo instante, inteligíveis todos os fatos que estudamos”.
A definição da alma se resume da seguinte forma: Alma do lat. anima, animo, energia, essência, é a parte imaterial do ser humano; no hebraico nephesh e no grego psyche. Ambos podem referir-se ao fôlego de vida, ou a vida biológica. Também podemos entender como: “alma, ser vivente, vida, pessoa, desejo, emoção, paixão”. O que a palavra designa deve ser julgado totalmente pelo contexto. Em Is 10.18 e Dt 12.23, por exemplo, quer dizer aquilo que respira, e como tal é distinguido da carne ou corpo.
No Antigo Testamento, os vocábulos nephesh e psychê aparecem 755 vezes: especialmente na Septuaginta (LXX) traduzidos 600 vezes por “psychê”. Os judeus denominam esta substância (a alma) como sendo a sede da percepção, do desejo e do prazer, do desfrutamento, etc.
Em alguns casos, o primeiro termo, refere-se à pessoa humana como um todo. Isto é, um ser que vive, enquanto que no grego, o segundo termo denota a parte interior do homem. As passagens desprendidas de Gênesis 11.20; Êxodo 1.5; 12.4; Jeremias 52.29-30 mostram-nos a condição original de um ser vivente, pois nesta condição tanto o homem como os animais foram chamados de “alma vivente” conforme já texto escriturístico de Gênesis 1.21). Em outros casos, porém, em todos os quatros evangelhos “pneuma”, equivalente grego do hebraico “ruah”, denota o primeiro princípio da vida, embora noutras passagens indique o nível mais alto da vida psíquica.
Para Platão (filósofo grego: 427-447 a.C.), a característica essencial da alma consiste no fato de estar em movimento, e pode colocar em movimentação. Seu conceito era: “Entre todos os seres animados, é no homem em quem a Divindade implantou a alma mais poderosa. Além disso, tem uma participação na Divindade, sendo que o poder divino rege no homem através da alma”.
A alma é comparada ao lugar Santo do templo judaico. Tal é o Lugar Santo de uma pessoa regenerada, pois seu amor (no gr. fileo), vontade e pensamento estão plenamente iluminados para que possa servir a Deus como sacerdote do passado fazia.
John D. Davis define a alma como sendo uma entidade espiritual, incorpórea, que pode existir dentro de um corpo ou fora dele.
Nas Escrituras Sagradas, este termo é usado para designar o espírito, a vida, a pessoa e o sangue. Tendo em vista esta aparentemente ambigüidade de sentido, muitos são levados a confundir o espírito com a alma.
Teologicamente, podemos estabelecer o seguinte: O homem é composto por uma parte material e outra imaterial. Quando esta encontra-se em relação com Deus, recebe a designação de espírito; e, quando em relação com o mundo físico, de alma.
Em geral os escritores bíblicos, de uma forma especial os do Antigo Testamento, não fazem um distinção precisa entre psyche, alma, que é a parte inferior do ser humano, pneuma, espírito ou alma racional, parte superior do homem. Por isso é comum o uso dos vocábulos psyche (alma), e pneuma (espírito) como sendo a mesma coisa. Somente o Novo Testamento distingue as três partes corpo, alma e espírito. (1ª Co 15.44; 1ª Ts 5.23 e Hb 4.12).
O conhecimento do homem como sendo espírito, alma e corpo é resultado da revelação progressiva de Deus no Novo Testamento. O apóstolo Paulo foi o primeiro dos escritores do Novo Testamento a empregar o termo psychê e usou apenas 11 vezes: “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Ts 5.23). Neste texto Paulo distingue e classifica as três partes do homem: espírito, alma e corpo.
Quando Paulo emprega “psychê” juntamente com “pneuma”, está meramente descrevendo a mesma parte imaterial do homem, isto é, as duas substâncias espirituais: alma e espírito.
A alma, no conceito bíblico, é uma “substância espiritual” que interligada ao espírito forma o “homem interior” (Jó 12.10; 24.16; Hb 4.12). Está estritamente interligada com o espírito, e espírito e alma se combinam entre si em cada detalhe. A alma estabelece contato com o mundo exterior por meio do corpo que é instrumento da alma. Assim, o sentir, o pensar o exercer vontade e outros atos são atributos tanto à alma como ao espírito.
A alma em si, importa uma vida consciente como distinguida das plantas, que tem vida inconsciente. Nesse sentido os animais também têm ‘alma’ (Gn 1.24). Mas a alma do homem tem maior capacidade que a dos animais. É a sede das suas emoções, desejos e afetos (Sl 42.1-6). O ‘coração’ é, na Bíblia, quase sinônimo de alma. Visto que o homem natural é caracterizado pela alma, essa palavra é, muitas vezes, sinônimo de indivíduo (Gn 12.5). Por meio dela temos consciência de nós mesmo. Com efeito, se eu penso, a cada instante, e lembro-me dos atos de consciência passado e reconheço como meus, é necessário que alguma coisa permaneça em mim, se não, longe de me reconhecer nos atos passados. Mas, através da alma, posso pensar e lembrar dos meus atos passados.
A alma é a sede da nossa personalidade, o órgão da vontade e da vida natural, e por isso, podemos facilmente concluir que esta alma é também o “verdadeiro Eu” – Eu mesmo.
No livro de números capítulo 30, a Bíblia esclarece este ponto, a frase “ligar a sua alma” (v. 6) ocorre dez vezes. No original é “ligar a si mesmo”. Disso somos levados a entender que a alma é nosso próprio eu. Em outras passagens bíblicas vemos a palavra “alma” é substituída por pronomes, tais como: “Oh! Tu, que te despedaças a tua alma.... (Jó 18.4a).
A alma está dentro do homem, que constitui a sua vida interior e possui três faculdades que são: “emoção, vontade e intelecto”.
I. AS FACULDADES DA ALMA
1. Faculdade emotiva.
“Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor” (Lc 1.46). “A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã” (Sl 130.6).
A alma possui várias emoções como: “odiar”, “amar”, “desejar” (coisas boas ou más), “aspirar”, “sentir”, (alegria, tristeza, dor) etc.
2. Faculdade volitiva.
“Pelo que a minha alma escolheria, antes, ser estrangulada; antes, a morte do que esta tortura” (Jó 7.15).
Neste versículo o patriarca Jó descreve a vontade de sua alma, ante o sofrimento que o torturava. Aqui a Bíblia esclarece a vontade do ser humano. Os exercícios da vontade, têm suas fontes na alma humana como: “recusar”, “escolher”, “desejar”, e “reclamar”.
“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 43.5). “Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim” (Lm 3.20).
3. Faculdade intelectual.
“Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma” (Pv 2.10). “Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso; porque serão vida para a tua alma e adorno ao teu pescoço” (Pv 3.21-22). “Então, sabe que assim é a sabedoria para a tua alma; se a achares, haverá bom futuro, e não será frustrada a tua esperança” (Pv 24.14). “A minha alma tem observado os teus testemunhos; eu os amo ardentemente” (Sl 119.167).
Aqui, conhecimento, memória conselho, etc., existem como atividades do intelecto ou mente do homem, as quais a Bíblia indica que como provindo da alma. Embora, em alguns casos específicos, pode e são também exercícios pelo espírito.
II. ATIVIDADES DA ALMA
No campo da “imaginação”, a alma age um passo aquém do espírito, pois enquanto ela medita o espírito investiga: “De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito perscruta” (Sl 77.6). “Perscruta” no hebraico é “siyach” que significa: “propor, meditar, confidenciar, falar”.
Em sentido geral, a alma tem cuidado do corpo: quando este adoece ela lamenta: (Jó 14.22). Tem sede de Deus e deseja segui-lo de perto (Sl 63.1, 8). A alma exerce também diversas funções através do corpo, tais como: Visão, audição, paladar, olfato e tato.
Valendo-se do corpo como seu instrumento, a alma exerce suas funções da vida física e da vida intelectual.
Para o cristianismo, a união da alma e do corpo foi feita através do Criador (Gn 1.27; 2.7). Essa união, porém um dia será rompida através da morte e, segundo as Escrituras, a alma continuará sua existência em outra dimensão que é a dimensão espiritual.
Como hálito da vida, ela sai com a morte: “Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim” (Gn 35.18). Mas continua a viver em outra dimensão:
“Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Ap 6.9-19).
Podemos então entender, que a alma humana é imortal, ou seja, ela não morre como alguns afirmam.
III. ORIGEM DA ALMA
Já tivemos ocasião de verificar em outras notas expositivas, sobre a questão da origem do homem no que diz respeito à sua comparência somática (estudo sobre o corpo) e vimos que, do ponto de vista divino de observação, trata-se de um ato imediato por criação direta de Deus. Mas agora chegamos a um dos pontos mais discutidos: de que, como, e quando tem origem a alma do homem?
A criação individual e isolada de cada alma por parte de Deus no momento da formação do corpo. É a tese mais difundida entre os pensadores cristãos de todas as épocas e, deve ser de fato, o sentido do argumento. Essa forma de pensar baseia-se nas seguintes passagens das Escrituras: (Gn 2.7; Jó 33.4; Ec 12.7; Is 43.7; 57.16; Zc 12.1; Hb 12.9).
Já que a alma humana não tem matéria como elemento constitutivo de si mesma, não pode ser formada com alguma coisa que faça papel de matéria. Resta, então, que seja produzida do “NADA” e assim seja criada. Sendo, porém, a criação uma obra própria exclusiva de Deus, disso segue que seja criada imediatamente como expomos.
Quando admitimos que a alma humana tenha sua origem em Deus, isso não afasta também a possibilidade de que os pais cooperam na existência de um novo ser. Agostinho e, depois, a própria ciência admitem que os sinais indicativos de vida, num embrião, começam a ser sentidos entre 18 a 21 dias de existência. Ora, nas palavras do Criador em Gênesis 2.7, isso fica também subentendido. Primeiro Deus formou o corpo e depois implantou nele a alma; e na passagem de Zacarias 12.1 é reforçado o significado do pensamento:
“.... fala o Senhor... que forma o espírito ‘dentro’ do homem”. O original da palavra “vida” em “fôlego de vida” é chay e está no plural. Isto pode ser uma indicação para o fato de que o sopro de Deus produziu uma vida dupla: a vida da alma e a vida espírito. Portanto, o rigor da lógica exige que a alma tenha origem por criação direta, pessoal, distinta e separada por parte de Deus. Ela é, portanto, como dizem os textos sagrados: “uma doação de Deus para o corpo”, a fim de que o corpo tenha vida (cf. Ec 12.7; Hb 12.9). Espírito, aqui, pode e deve ter o sentido de “vida” (alma), visto que não se trata de um argumento especifico (ou registro) no que tange ao espírito e, sim, da vida em geral.
IV. A ALMA E A CONSCIÊNCIA
O termo “consciência” aparece uma vez no Antigo Testamento (Jó 27.6). Entretanto, no Novo, aparece por trinta vezes. Vem do grego suneidesis que significa: ter consciência de algo; alma como diferenciadora entre o que é moralmente bom e mal, impulsando para fazer o primeiro e evitar o último, glorificando um, condenando o outro. No hebraico lebab que se refere ao homem interior, mente, vontade, coração, alma, inteligência, parte interior, meio, coração (referindo-se ao caráter moral). A consciência é o conhecimento que um homem tem de seus próprios atos e relações morais.
Sócatres, porém, compara a consciência como sendo “um poder judiciário”. Observe: “A consciência não compete o poder legislativo; na sua função, ela formula leis e sim, as cumpre; e nem é o poder executivo (ela não executa sentença), é sim, o poder judiciário (ela julga o homem aprovando ou reprovando seus atos). Ela nos diz se nossas ações são boas e más”.
Para Scofield, a consciência é a voz secreta da alma: é a voz que fala em silêncio. Essa definição prende-se tanto ao campo filosófico como teológico. Ela é de fato “a voz silenciosa reprovando ou aprovando as nossas ações”. Ela é nosso juiz julgando entre o mal e o bem (Gn 3.5, 22; 1ª Co 11.28). Ela através da alma, capacita o homem a reconhecer que deve praticar o bem e evitar o mal (Rm 2.15); e este conhecimento do dever da alma é que o torna sensível à voz da consciência.
A consciência serve como testemunha dos atos de cada ser humano. Sua função é guiá-lo a viver em conformidade com natureza, e dirigir seu progresso moral. Com o passar dos séculos, tanto teólogos como filósofos chegaram a uma conclusão: “A consciência é o juízo do homem aplicando ao seu próprio procedimento, quer aprovando as boas ações, quer reprovando as más”.
É também o conhecimento dos nossos atos e estados morais, relacionando-os a uma lei ou norma moral, e que exerce autoridade sobre nós. Assim sendo, a consciência não é uma faculdade “separada”, como o são o intelecto e a sensibilidade e a vontade, é antes o modo como elas agem.
A influência da consciência é exercida através da alma para nivelar nossos estados morais. Mas, em outras ocasiões, esta influência é exercida pelo espírito humano. Quando assim se faz, então na se trata de um nivelamento de nossos estados, e, sim, de um estado de despertamento na própria consciência (Ed 1.1).
Se o homem pretende agir eficazmente sobre si, corrigir seus defeitos, sub-julgar suas paixões, conhecer suas aptidões, a fim de recolher proveito, é necessário começar por observar atenta e metodicamente a si mesmo. É necessário estudar o “eu objeto”, a fim de refletir ou fortalecer o “eu sujeito”.
Quando a alma exerce sua influencia no “eu objeto”, quer dizer que ela desperta em nós a “consciência refletida”. Noutras palavras, para melhorar compreensão do significado do pensamento “um exame de consciência” (1ª Co 11.28). Após este estado minucioso da consciência, a alma humana reage novamente e nos leva a fortalecer o “eu-sujeito”. Noutras palavras, quer dizer, ela nos conduz a um estado de sobriedade ou domínio próprio (1ª Tm 3.2).
A consciência foi dada a alma para ajudar o homem. Ao poder do homem de julgar o bem e o mal chamamos “faculdade mora”, que é a consciência.
Por isso a consciência é discriminativa e impulsiva. Em referência ao elemento ao intelectual, ela é o poder de julgar. Ela declara, como tivemos ocasião de ver, se nossos atos e ações se conformam ou não com a lei. Em referencia ao elemento racional e emocional, é ela o senso do dever. Geralmente uma pessoa que não sente o senso do dever em suas obrigações tem, segundo a psicologia “uma consciência letárgica”, Assim o homem está dotado de tais poderes discriminativos, que são: o intelecto, a sensibilidade e a vontade, e mais aquela capacidade moral da alma a que chamamos “consciência” com que, através da sua influencia racional, podemos examinar a “nós mesmos” (1ª Co 11.28) e então dizer como dia Paulo em sua defesa: “...procuro sempre ter uma consciência sem ofensa...” (At 24.161).
1. Cada ser humano será um dia julgado pela consciência.
“Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho” (Rm 2.14-16).
A Bíblia diz que um dia todo o joelho se dobrará diante do Senhor Jesus: “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra” (Fp 2.10). A justiça do julgamento divino será para todos sem exceção. Por que?
É verdadeiro; é fundamentado em padrão absoluto e imparcial sem possibilidade de escape; é aplicado só depois de grande bondade e paciente longanimidade; é sem acepção de pessoas (At 10.34; 1ª Pe 1.17), porque só Deus vê os segredos do coração dos homens.
A consciência serve como uma campanhinha na alma humana, acusando ou aprovando seus atos. Devemos buscar a aprovação da consciência para servir a Deus, e depois dizer como Paulo: “E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (At 24.16; Rm 9.1). O sangue de Jesus nos purifica da “má” consciência (Hb 9.14; 10.2-10). A consciência dos santos deve ser pura (Hb 13.18; 1ª Pe 3.16, 21). Em outras passagens ela é vista do ponto de vista legal e moral.
Pode haver vários tipos de consciência segundo a ética legal.
Consciência fraca (1ª Co 8.10, 12).
Consciência boa (1ª Tm 1.19).
Consciência contaminada (Tt 1.15).
Consciência má (Hb 10.22).
Consciência cauterizada (1ª Tm 4.2).
Consciência sem ofensa (At 24.16).
2. A alma e a imaginação.
Chama-se de “imaginação” a faculdade de conservar, de produzir e de combinar as imagens das coisas sensíveis. O objeto da “imaginação” é, então, tudo que foi recebido pelos sentidos, tais como: cores, formas, odores, sons, calor, peso, etc.
A imaginação da alma. Chama-se “imaginação da alma”, ou “imaginação psicológica”. “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo” (Pv 23.7).
Esta imaginação geralmente é transmitida para o cérebro; e este é comparado com uma estação central, recebendo mensagens ou sensações através de nervos sensoriais; e por meio de nervos motores, emite ordens ou impulsos aos músculos, para que sejam executadas as ações.
“Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5).
A imaginação da alma pode ser boa, ou também pode ser má. Dependendo das ações de cada individuo: “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” (Mt 6.22-23).
A luz na qual vivemos é captada pelos olhos, que é o nosso vínculo com o mundo visível; sem eles, o mundo nos seria escuridão. Nossa vida espiritual é nosso vínculo com a eternidade. Então a vida eterna vai depender de cada um de nós e segundo o nosso olhar. Se os nossos olhos forem bom, então estamos em luz, mas se eles forem maus, com certeza estaremos em trevas.
3. A alma e a memória.
Memória no grego é traduzido por suneidesis que significa: “consciência de algo”; “alma como diferenciadora entre o que é moralmente bom e mal, impulsando para fazer o primeiro e evitar o último, glorificando um, condenando o outro.
Filosoficamente falando, define-se a memória, da seguinte maneira: “A memória é, então, a faculdade de conservar e de evocar os estados de consciência anteriormente experimentados”. É a faculdade de relembrar o passado.
Biblicamente falando, define-se a memória “como um fato de lembrança” “E, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim” (1ª Co 11.24).
No ensino de Paulo concernente a doutrina da santa ceia (doutrina deixada por Cristo antes de Sua morte), ele traz a lembrança do sacrifício que Jesus fez em favor da humanidade.
O fato da conservação da memória, como é depreendido nas Escrituras é um fato que as lembranças subsistem em nós.
Elas não estão sempre presentes, alguns fatos ficam registrados e conservados, e outros são esquecidos, mas ficam guardados em nosso subconsciente.
Podemos comparar a nossa memória como um chip de um computador, onde ela armazena a vida do passado e do presente.
4. A alma e o sangue.
No conceito geral das Escrituras, a ordem divina é: “Estatuto perpétuo será durante as vossas gerações, em todas as vossas moradas; gordura nenhuma nem sangue jamais comereis” (Lv 3.17).
No presente texto está a ordem divina de não comer “sangue”. Um estatuto perpétuo para os filhos de Deus. “Portanto, tenho dito aos filhos de Israel: nenhuma alma de entre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que peregrina entre vós o comerá” (Lv 17.12)
Não apenas segundo se depreende como prescrição higiênica, mas altamente religiosa, pois pretender aumentar a própria vitalidade comendo sangue dalgum animal lesa o direito de Deus, único dispensador da vida.
Todo o animal beneficiado deve ser sangrado e seu sangue recoberto com pó (Lv 17.13). Esta interdição divina, segundo é entendido, entrou em regra para os cristãos gentios de Antioquia (At 15.19-21), embora apenas consideração aos cristãos judeus, pois Cristo foi feito de já Senhor dos vivos e dos mortos (Rm 14.1-9).
Quando se alude ao sentido da proibição do sangue como sendo a vida, devemos ter em mente o termo usual hebraico “nephesh” = shamah em Isaías 57.16 que significa: respiração, fôlego.
“Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11).
Conforme gênesis 2.7 deixa claro, seu significado primário é “possuidora da vida”. Por esse motivo é aplicado frequentemente aos animais como seu equivalente. Mas isso não quer dizer que a alma dos animais seja da mesma substância da que foi feita a alma humana.
Quando nos referimos a “que a alma é o sangue ou sangue é a alma”, uma frase pela outra nos referimos a uma “alma psychê” (a substância espiritual racional do homem), e sim, a “nefphesh” (o princípio da vida limitada – vida sensitiva).
Algumas vezes a alma é identificada com o sangue como essencial à existência física (Gn 9.4; Lv 17.10). Num contexto geral, até certo ponto, o sangue é a vida (vida limitada que termina com a morte), mas a vida não é o sangue (vida ilimitada da alma que continua além-túmulo). O sangue é que anima a carne, assim a Bíblia usa certas expressões similares dentro do assunto em foco, tais como “a alma de toda a carne é o seu sangue” (Lv 17.14).
Certas pessoas entendem que a alma é o sangue. Mas dentro de um contexto bíblico podemos concluir que não. Deus é espírito (Jo 4.24), mas também possui uma alma que são os Seus sentimentos: “a minha alma se aborrecerá de vós” (Lv 26.30). “Porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos aborrecerá” (Lv 26.11). Aqui Deus está falando num sentido literário e não figurado “e a minha alma não vos aborrecerá”.
Sendo Deus Espírito e como já vimos possui também uma alma, então a alma não é o sangue. Conforme Paulo ensina o homem possui corpo, alma e espírito (1ª Ts 5.23), mas o corpo e o sangue não herdarão o reino de Deus (1ª Co 15.50).
Se para alguns a alma está no sangue, como pode Deus ter uma alma? Como já vimos a alma e o espírito são imateriais e sendo assim somos a semelhança de Deus.
Se a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus e se alma é o sangue, como pode Deus ser contrário a Sua própria Palavra? Deus não tem sangue, mas tem alma:
“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios” (Is 42.1).
“Ao meu servo”, A revelação da Santíssima trindade no AT. Deus Pai dá para Seu Filho Jesus Cristo, o Espírito Santo. Aqui Deus diz “...em quem a minha alma se compraz...”. Com base neste versículo e outros, podemos afirmar que a alma não tem sangue. E como já dissemos o sangue não está na alma. Mas o sangue é a vida limitada que termina com a morte, ou seja, o sangue é a vida terrena e a alma é a vida após morte.
O apóstolo Paulo em vários de seus elementos doutrinários emprega o termo psychê (parte imortal) por doze vezes nas suas epístolas. No Novo Testamento, o vocábulo “psychê” ocorre de onze vezes com sentido especial. Sendo que em alguns casos denota a existência “além-túmulo”.
No Antigo Testamento, especialmente em Levítico (17.11), faz-se distinção entre a alma dos animais (o sangue) e a alma dos homens (psychê).
“Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11).
O sangue é a vida limitada pela morte. Tanto o animal como um ser humano ao morrer o seu coração para de bater. A vida para os animais acaba ali na sua morte. Mas para o homem é diferente, ou seja, a vida continua após a morte. Pois a morte não faz cessar a existência da alma humana.
É evidente que, quando as Escrituras aludem que o sangue é a “vida” ou vice-versa, significa: vida limitada ou vida sensitiva e não vida racional. O sangue, portanto, é a vida para que seja vivida através do corpo enquanto que a vida natural da alma é a vida para ser vivida aqui e na eternidade.
5. A alma e o coração.
Tanto as Escrituras como a própria ciência, dizem que o coração é o “centro de uma coisa”. A palavra ocorre 820 vezes na Bíblia.
No hebraico “lebh” que traduz por coração e significa: parte interior, ser interior, mente, vontade, coração, inteligência, consciência, lugar dos desejos, emoções e paixões.
O termo denota vários significados e aplicações: Às vezes, depende do contexto, podendo ser é apenas um órgão físico do corpo humano, ou as vezes refere-se a sede da alma. Na Bíblia encontramos poucas passagens e de algum modo especificadas. Dentre as mais claras é a de 1ª Samuel 25.37: “...se amorteceu nele o seu coração, e ficou ele como uma pedra”. Isaías 1.5 também dá a luz sobre o significado do pensamento: “...toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco”.
No Novo Testamento o mesmo emprego é feito da palavra grega “kardia” em sentido geral e no hebraico “lebh”. Duas palavras mais são denotadas para o significado do pensamento principal: “nous” (mente), e “syneidesis” (consciência) que também focaliza-se como sendo sinônimos daquilo que chamamos: “coração”.
A Bíblia como fonte geral apresenta o coração como representante legal da vida e de outras atividades e acrescenta: “sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.23).
Em provérbios 15.13, o coração aparece como sede da alegria (presenciada no rosto). Já em outras passagens, o coração é encarado como órgão do corpo e como tal é a sede da vida física (Sl 38.10-11; Is 1.5). Quando o coração é fortalecido pelo alimento, o homem inteiro se revivifica (Gn 18.5; Jz 19.5; 1º Rs 21.7).
Outros escritores apresentam o coração como a sede das emoções, seja da alegria (Dt 28.47), ou da dor (Jr 4.19), da tranquilidade (Pv 14.30), e da excitação (Dt 19.6, etc.). Pode também ser visto como a sede do entendimento e do conhecimento, das forças e poderes racionais (1º Rs 3.12; 4.20), bem como de fantasias e visões (Jr 14.14). De outro lado, a estultícia (Pv 10.20, 21) e os maus pensamento (Mt 15.19).
O coração sempre está em foco em qualquer atividade, ou seja, vida física ou vida espiritual. Cabe o interprete ler o contexto bíblico, analisar o hebraico e o grego para fazer uma boa interpretação.
6. A alma e a imortalidade.
A união da alma e do corpo não é indissolúvel: chega um dia em que ela se rompe. Sabemos o que acontece com o corpo. Mas que acontecerá com à alma? As Sagradas Escrituras respondem o que acontecerá tanto para a alma como ao espírito humano após a morte.
A. Definição do termo.
A imortalidade é uma propriedade em virtude da qual um ser não pode morrer. Tal é a imortalidade da alma humana.
Na imortalidade da alma existem três condições, a saber:
1. Que a alma existe, e continua a existir após a dissolução do composto humano.
2. E nesta sobrevivência, a alma conserva sua individualidade e permanece, por conseguinte, consciente de si mesma e de sua identidade e superego.
3. A Bíblia também a firma que, após a morte, a alma humana continuará a existir, e acima de tudo, consciente de sua individualidade (Lc 16.10-31; Ap 6.9).
Com base nestas referências, a Bíblia a firma que nossa alma é de fato imortal.
A imortalidade seria uma palavra vã se a alma, na sua sobrevivência, não conservasse a consciência de si mesma, de sua identidade.
A prova da metafísica supõe, com efeito, que a alma, permanecendo no seu ser, continua a exercer as funções inerentes a ela, tais como: oração (Ap 6.9-11), louvor (Ap 7.9).
Na vida após-morte a alma possui conhecimento de si mesma e de sua identidade durante a sua vida terrena. Segundo o ensino dado por Jesus, nosso Senhor, em passagem tal como Lucas onde lemos:
“Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (Lc 16.20-31).
Na passagem do rico e do Lazaro, Jesus nos mostra a realidade da vida após a morte. Céu ou inferno. O rico, por desprezar os necessitados e desfrutar as riquezas injustas que o mundo oferece, encontrava-se num lugar de tormento aguardando o juízo final. O Lázaro foi levado pelos anjos para o paraíso (lugar de descanso). Nesta passagem de Lucas Jesus ressalta o sofrimento do rico (vs. 23-24) e a memória de sua vida passada (vs. 27-28). O rico lembrando de seus cinco irmãos pede que Abraão ressuscite um dos mortos e advirta-os para que também não venha para este sofrimento. E Abraão com plena consciência diz: “Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos” (v.29).
A sabedoria do Criador exige que Ele não destrua sua obra; o arquiteto não constrói para demolir, e Deus não deu à alma a forma limitada da vida, a não ser, numa condição de rebeldia dela contra Deus, e, mesmo assim, “perecer” no contexto de Mateus 10.28 não significa “aniquilar” e, sim uma existência sem Deus.
Ora, apenas aquele que cria pode aniquilar. Então somente Deus poderia lançar a alma para o “nada”, de onde retirou pelo supremo poder da palavra. Mas a Bíblia nos prova que Ele não o fará. Segundo a revelação de Deus, procuramos provar que a alma humana continuará a existir no mundo espiritual, mas esta existência, tanto pode ser com Deus (no céu) ou sem Deus (no inferno), dependendo do caminho percorrido por ela aqui na terra.
A alma é imortal, e de uma imortalidade sem fim. Sua vida espiritual de comunhão com Deus pode terminar, mas isso não significa aniquilamento. Sem Deus a alma humana não terá aquela vida que o santo terá na eternidade, mas evidentemente, terá “existência” numa dimensão triste e inativa!
7. A alma e a eternidade.
“E não temais os que matam o corpo, e não matam a alma; temeis antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28).
Baseados nesta passagem e em outras similares da Bíblia, muitos interpretes acham que, na destruição eterna imposta por Deus mediante a pena merecida para os ímpios, somente a “alma e o corpo” serão conduzidos para a destruição. O espírito humano, segundo este conceito, tanto do justo como do ímpio “...voltará pra Deus, que o deu” (Ec 12.7).
O ponto principal para tal argumentação prende-se ao fato de que o espírito humano foi constituído “de uma parte” do sopro de Deus (Gn 2.7) e como tal jamais seria levado (no caso do ímpio) à destruição eterna. Ora, com efeito, o fato de que o espírito humano seja parte do sopro do Criador não afasta a possibilidade de que a alma humana tenha sido criada da mesma substância. Em uma outra seção deste livro, tivemos ocasião de ver que o original da palavra “vida” em “fôlego de vida” é chay e está no plural. Isto indica que o sopro de Deus produziu uma vida dupla: a vida da alma e a vida do espírito. Nesse caso, tanto um como o outro são sopro de Deus.
A expressão “volta para Deus, que o deu” (Ec 12.7), não define, necessariamente, a sorte de quem partiu; com efeito, ele o (espírito) pode voltar para Deus, a fim de que Deus lhe determine seu destino: céu ou inferno – dependendo do caminho por ele escolhido (Mt 10.28; Lc 12.4-5). “Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as gentes que se esqueceram de Deus” (Sl 9.17).
A Bíblia diz em Apocalipse 19.20, que o anticristo e o falso profeta serão lançados vivos no ardente lago de fogo. A Bíblia não diz que será apenas “uma parte” (alma e corpo), dos tais que será lançado ali; mas nas forças das evidências dizem que serão lançados no seu todo. No caso dos ímpios, a sentença deve obedecer às mesmas regras. Portanto o homem pecou no seu todo (2ª Co 7.1), alma (Êx 18.4) e espírito (2ª Co 7.1); seu todo deve ser salvo (1ª Ts 5.23). Se ele se perde – perde-se no seu todo.
Os anjos são parte do Criador e com efeito são seres espirituais. Mas alguns deles pecaram e foram, segundo está escrito nas passagens de 2ª Pedro 2.4 e Judas v. 6, encerrados no inferno: “Deus não perdoou os anjos”. Outra parte deles, estão nas regiões celestiais (Ef. 6.12). Evidentemente, estes seres espirituais, sendo espíritos, receberão de Deus a vida, mas a perderam na má escolha que fizeram.
“E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia” (Judas v. 6).
Baseado nesta passagem, os anjos que são espíritos estão encarcerados no inferno aguardando “o grande dia”. Se os anjos sendo espíritos estão no inferno com certeza os homens ímpios após o julgamento final também serão lançados no inferno (Mt 25.31-46; Mt 25.41; Mt 13.41-42; 1ª Co 6.9-10), com corpo alma e espírito.
A destruição efetuada por Deus pode ser uma justa retribuição das obras de cada um (Ap 20.13); especialmente para aqueles que se esquecem de Deus (Sl 9.17). Portanto, a justiça de Deus é determina a vida do homem após morte. Isto pertence somente a Deus soberano e Criador.
“Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12.2). “Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.29).
Com base nestes textos podemos então afirmar, que haverá duas ressurreições; “uma para a vida eterna e outra para a condenação eterna”. Segundo o ensino de Jesus “os que tiverem feito o bem”, ressuscitarão para a vida eterna, (1ª Ts 4.16-17). Mas “os que tiverem feito o mal” para, “para a condenação eterna” (Ap 20.11-15). A ressurreição é para os justos e injustos, uns para a alegria eterna e outros para o castigo eterno. Os justos ressuscitarão em um corpo glorificado, espírito alma e corpo (1ª Ts 5.23). Mas os injustos? Eu creio que no mesmo corpo, pois enquanto que no céu há alegrei para espírito alma e corpo dos justos, no inferno vale a mesma regra há sofrimento para espírito, alma e corpo.
Pr. Elias Ribas
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